Quem me acusar de falta de patriotismo, ao preterir o jogo da selecção nacional a favor de um jogo entre duas selecções estrangeiras, está no seu direito de opinar de tal forma. Contudo, tendo em conta o calibre do desafio que um Espanha-França prometia, o verdadeiro apreciador da bola não teria dúvidas em escolher. Assim, a Espanha começou com o seu futebol rendilhado, de pressão alta com várias recuperações no meio terreno adversário, chegando sempre com perigo iminente à baliza gaulesa. Depois de Sérgio Ramos ter enviado a bola ao poste, e estando a resmungar com a sua falta de sorte, a bola volta a estar ao seu alcance e consegue o tento castelhano. A Espanha acabou nesse momento. O resto do primeiro tempo resume-se num crescendo francês, com uma oportunidade flagrante de Benzema e um golo quanto a mim mal anulado. A reacção dos azuis (que jogaram de branco) foi parada com um penalti indiscutível que Fabregas se encarregou de falhar. Na segunda parte, Xavi e Iniesta não se viram, e com a entrada de Valbuena a França assumiu o protagonismo do desafio, com várias oportunidades de golo. O empate seria o resultado justo, e foi mesmo conseguido no último minuto. Juanfran, que tinha sido dos poucos jogadores espanhóis a desequilibrar, cometeu uma infantilidade no meio campo, e um rápido contra-ataque fez o resultado final. As lesões de David Silva e Arbeloa podem ter condicionado a estratégia de Vicente del Bosque, mas a segunda parte da equipa francesa foi digna de destaque, e veio ao de cima a qualidade de Benzema, Ribery e Valbuena.
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